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Quer um joguinho para discontraçao?

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The-west

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Jequitaí, descoberta em 1872, por dois escravos viajantes, que partindo das bandas de Jequitinhonha e Terra Branca, município de Bocaiúva, com destino à fazenda do Major Cipriano de Medeiros Lima, ao atravessarem o Rio Jequitaí, no lugar denominado Porto do Inhay (nome dado pelos diamantinenses), encontraram indícios de diamantes. Como eram garimpeiros, logo lhes aguçou o desejo de lavarem o cascalho e, ao apurarem o serviço, encontraram diamantes.

Portanto, o município de Jequitaí surgiu ou teve sua origem do “achado” de quatro pedras de diamantes, por escravos garimpeiros, enviados por campangueiros - compradores de diamantes - e garimpeiros das localidades de Jequitinhonha e Terra Branca, os quais tinham por missão levar uma carta com pedido de dinheiro emprestado ao Major, uma vez que o garimpo daquelas regiões havia fracassado.

Eis que, ao fazerem pouso para descansar, enquanto comiam uma paçoca de carne seca às margens do rio, admirados com a beleza natural do lugar, observaram a grande quantidade de esmeril existente no seu leito e tamanha a semelhança com o Rio Jequitinhonha. Como usavam chapéus de couro, pegaram com as mãos os esmeris e em seguida colocaram-nos dentro dos chapéus, sacudindo-os dentro d`água. Com esse processo de lavação eles conseguiram pegar quatro diamantes.

Maravilhados com a descoberta, atravessaram o rio e seguiram destino até a Fazenda Brejo Grande, sede das vinte e cinco fazendas que o Major Cipriano de Medeiros possuía na região. Uma vez na fazenda, foram muito bem tratados e recebidos pessoalmente pelo abastado fazendeiro e chefe político da região. Conseguiram o dinheiro e duas bestas arreadas para voltarem, levando na bagagem uma carta convite para que os garimpeiros de lá viessem garimpar por aqui, pois “dinheiro e comida não faltariam para eles”.

Uma verdadeira “febre do diamante” instalou-se na região em seguida. Vieram garimpeiros de Diamantina, Mendanha, Terra Branca, Pau D`óleo e várias outras localidades, ávidos pelas tão cobiçadas pedras preciosas. Consta que, em menos de seis meses, mais de 500 pessoas se achavam acampadas em choças de palhas e capim, em ambas às margens do referido rio, principalmente à direita, onde formou-se um arraial, que mais tarde se tornaria a formosa cidade de Jequitaí. A maior parte de seus primeiros habitantes eram diamantinenses e, em homenagem a esses intrépidos aventureiros, até hoje existem na cidade algumas ruas com os nomes: Ynhaí, Mendanha e Diamantina.

Com a Lei Providencial Nº 1.955 de 14 de novembro de 1873, aquele pequeno povoado recebeu o nome de “Vila de Jequitahy”, com sede noArraial do Senhor do Bom-fim (hoje cidade de Bocaiúva), então município de Montes Claros. Já pela Lei Providencial Nº 2.810, de 4 de outubro de 1881, foi a sede transferida para o arraial de “Nossa Senhora da Conceição de Jequitahy”.

Pela Lei Nº 3.273, de 30 de outubro de 1884, graças ao empenho de seus moradores ilustres, Jequitaí alcançou sua emancipação política e foi elevada à categoria de cidade, de modo que gozou as regalias de cidade por quase 6 anos.

A grande produção de diamante, cristal e outros minerais o fizeram um município de grande comércio. Foram atraídos comerciantes e vendedores ambulantes de todas as partes e condições financeiras. Época de notório desenvolvimento, já existia aqui várias famílias importantes, entre elas a do Major Cipriano de Medeiros Lima (mais tarde Barão do Guaicuy) e do Capitão Joaquim José Vieira, conhecido pela alcunha de “Quincas Barqueiro”, Presidente da Câmara Municipal e alto comerciante desta praça.

Havia muita animação na cidade, influenciada pela lavoura e, em grande parte, pela extração de diamantes, a ponto de ser necessário construir uma fábrica de lapidação, cujos restos ainda existem para atestar às gerações vindouras. Das lavras de garimpo foram extraídas preciosas gemas de altos quilates, dentre estas, apurou-se uma que alcançou o peso de catorze oitavas e quarenta e seis grãos, cujo registro consta dos “Anais da Terra Mineira”. Naquele tempo já existia também a pecuária, porém, ainda em pequena escala.

Sempre invejada pelos municípios vizinhos, por suas riquezas naturais, sofreu porém Jequitaí alguns reveses e, vítima de traições por políticos gananciosos e inescrupulosos, que lhe conspiravam sorrateiramente, por força da malsinada Lei de Nº 44, de 17 de abril de 1890, do então Governador da Província de Minas, com sede em Ouro Preto, passou a denominar-se “Vila Nova de Jequitahy”, reduzida a simples distrito, voltando a pertencer a Vila de Formiga (hoje Montes Claros), sob a administração de um Conselho Municipal, cujo presidente era o Ten. Francisco Coelho de Araújo.

Pelo Decreto Nº 90, de 4 de junho do dito ano, a sede foi definitivamente fixada no antigo Arraial do Senhor do Bom-fim.

Em 1911, quando elevado a município a Vila de Inconfidência (hoje Coração de Jesus), Jequitaí, sem ser consultado, passou a ser parte integrante daquele município, como simples distrito, humilhado qual escravo que passou de um senhor a outro.

Sempre esperando que seus filhos o libertassem, por longos 60 anos viveu Jequitaí sob o domínio e tutela de terceiros, muito embora dispusesse suficientemente de elementos que o habilitavam à condição de município.

Finalmente é chegado em Jequitaí o “Ano Santo” de 1948 e a “Providência Divina” inspirou-lhe os filhos, proclamando enfim a sua independência político-administrativa. Através da Lei Nº 336, de 27 de dezembro de 1948, sancionada pelo então Governador do Estado, Dr. Milton Soares Campos, Jequitaí foi elevada novamente à categoria de cidade, tendo como sede a Comarca de Pirapora-MG.

Na luta pela emancipação foi eleita uma comissão integrada dos seguintes senhores: Daniel da Fonseca Júnior, Ten. Cel. José Coelho de Araújo, Prof. Luiz Veloso Messias de Aquino, Manoel Alves da Silva, José Gomes Fonseca, Carlos Rabelo de Aquino, Ten. Cel. Sandoval Coelho de Araújo, João Izidório da Mota, João Batista da Fonseca, Ten. Cel. Egídio Benício de Abreu, Rivalino Borges, Antônio Alves da Silva, Pio Ferreira de Almeida e Demócrito de Aquino Fonseca, tendo como patrono na Assembléia Constituinte o Deputado Dr. Antônio Pimenta, que muito fez pelo progresso de nosso município.

A primeira eleição municipal ocorreu no ano seguinte, em 1949, quando então foi eleito pelo povo o primeiro prefeito municipal, o Cel. Daniel da Fonseca Júnior, empossado em 1950. Durante o período que antecedeu às eleições, Jequitaí foi administrado por um intendente militar nomeado pelo Governo do Estado, que levava a patente e o nome de Tenente Agostinho.

A primeira escola funcionou na casa que hoje pertence aos filhos do Sr. Luciano Cardoso de Souza, mais conhecido por “Seu Lucinho”.

Jequitaí despontou-se, portanto, desde os primórdios de sua origem, como um dos municípios mais desenvolvidos e promissores da região, vez que exportava diamantes, ouro, cristal e outros minerais. Além disso tinha engenho de açúcar, fábrica de tecidos, lapidação de pedras preciosas, moinhos e muitas fazendas produtivas. “Tinha até cadeia com tronco e um sino muito grande que sempre tocava quando prendiam uma pessoa”. “Ah! E tinha também, num passado não tão remoto assim, a”Casa do Locomóvel”, que guardava o motor de geração e distribuição de energia elétrica, movido à lenha. As 10 horas da noite, todos os dias, religiosamente, logo após um sinal sonoro (apito), as luzes da cidade se apagavam. Era uma correria só, para dentro de casa!”

O NOME JEQUITAÍ

Jequitaí é derivado da língua tupi-guarani.

Os escravos e garimpeiros da região alimentavam-se de peixes. Para pescar, usavam um “balaio” de tabocas, preso por pedras aos pés das cachoeiras. O peixe caía à noite e eles pegavam-no para comer. Daí o nomeJequitahy – “balaio cercado de pedras dentro do rio”. Então “Jequi” – balaio, “ita” – pedra, “hi” – rio.

Ø Características

CARACTERÍSTICAS

Município localizado no Norte do Estado de Minas Gerais, compõe, juntamente com 17 outros municípios, a micro região 162 (IBGE) e faz parte da Área Mineira do Polígono das Secas, situando-se ainda na Bacia do Alto Médio São Francisco, sendo drenado pelo Rio Jequitaí, que banha a cidade, afluente do Rio São Francisco. O aspecto do território é montanhoso, em sua maior parte. Criado pela Lei Nº 336, de 27 de dezembro de 1948, Jequitaí limita-se com os municípios de Várzea da Palma, Lagoa dos Patos, São João da Lagoa, Claro dos Poções e Francisco Dumont.

Encontra-se interligada à BR-365.

Banhada pelo Rio Jequitaí, o município de mesmo nome, possui um potencial ecoturístico incontestável. O Rio Jequitaí, imponente e caudaloso, possui locais encantadores, tais quais: Chupador, Cachoeirão, Praínha e Praia da Biquinha.

Outras atrações turísticas que o município oferece são: Curral de Pedras, Lapa Pintada, Cataratas do Sítio, Cachoeira das Andorinhas, Véu das Noivas, etc.

Município: Jequitaí-MG

Emancipação Político-Administrativa: 27/12/48.

Data de Aniversário: 27 de dezembro.

Padroeira: N. Sª da Conceição

CEP: 39.370-000

Distritos: Barrocão e Água Espraiada

Comarca: Pirapora-MG

Região: Norte de Minas

Micro-Região: AMMESF

Bacia: Alto Médio São Francisco

Área: 1.048 m2 1874 km2 / 1.267,46 (IGA)

População: 8.746 (Censo 2000).

Densidade Demográfica:

Nº de Eleitores:

Altitude: 518 m (sede).

Altitude Máxima:

Altitude Mínima:

Latitude Sul: 17º 13’ 38”.

Longitude: WGR 44º 26’ 18”.

Temperatura Média Anual: 25º C.

Temperatura Média Mínima: 15º C.

Temperatura Média Máxima: 39º C.

Índice Médio Pluviométrico Anual:

Principais Rios: Rio Jequitaí e seus afluentes: Riacho Fundo, São Lamberto, Córrego do Sítio, Corrente e Jatobá.

Relevo: Montanhoso

Festas Tradicionais: Festa de São Sebastião (20 de janeiro) – Festa de Santa Cruz no Barrocão (02 de maio) e Festa de Bom Jesus (02 de agosto).

Eventos Esportivos Tradicionais: Torneio de Futebol Society (1º Semestre) e Torneio Futsal de Férias (julho).

Eventos Culturais: Soletrando (1º Semestre) e Passa-ou-Repassa (2º Semestre).

Distância aos principais centros:

  • Belo Horizonte: 415 km;
  • Rio de Janeiro: 860 km;
  • São Paulo: 1.000 km;
  • Brasília: 625 km;
  • Vitória: 925 km;
  • Montes Claros: 94 km;
  • Pirapora: 70 km.